quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Fazenda ferruada

Sou levada a te dizer que o que há é verdade ferrenha,
É escolha certa,
É caminho já traçado.

Mudar de rumo é destino de pedra, de planta.

Vá colocando seus tijolos amarelos
Que a gente conversa nas encruzilhadas do penar.
E eu vou te procurar com certeza,
Quando meu boi precisar do teu pasto pra passear.

Se assim será,
Será muito mais simples.

E com nata.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Curto lamento de campo.

E é aí que me vejo calada, sem porte, sem casa.
Quando você vem e me olha e me lembra de tudo que não pode ser mais.

Podia só deixar de ser?
Pra que me lembrar dos dias enclausurados
que foram belos e agustiantes ao mesmo tempo?

Talvez prefira ser casca calada,
que se guarda por não poder dizer.

Escolhas são para os que não tem sede.

eu


sou a mosca
que pousou em sua sopa.















Foto: André Mendonça e Abílio Bandeira