quinta-feira, 31 de julho de 2008

Acordo (ando)- te. [fragmento]

(...)
É tempo de tormenta
e sinto tanto não poder arrancar-me qualquer coisa
para jogar aos pés de tudo que quero perto.
São tantas coisas que permeiam meu existir,
tantos fragmentos insistentes rodeando meus pensamentos.

E não pense que me assusto.

Procuro eternamente luz nos olhos alheios
e em ti, brilham tanto.
E apesar de não querer olhar-me nos olhos,
não consegue esconder, não conseguirá.

Ofereceu-me seus braços,
e a eles sou toda necessidade.
E porquê não arrancar-me a mim como quero?
Não tem sentido não fazê-lo.
(...)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Só pra mim.

Ele bateu palmas pra mim.

Talvez não tenha se comparado
aos aplausos dados num cântico maior.
Mas foi só pra mim.

Assim, sem sonar.
Um breve tocar de palmas nervosas
que inspiram tantas outras.

Ele bateu palmas pra mim.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Reações dissecadas.

Repito novamente,
aonde estarão os olhares,
a luz nos olhares?
Me olhe de frente,
encare meus sentimentos
e conte-me os teus.
Não escolha o silêncio
se não pode sustentá-lo.
Não escolha o desvio
se não sabe olhar o horizonte.
Há teias em seu rosto,
mova seus músculos,
eles estão cansados de serem enganados.

REAJA ao que não te satisfaz.

domingo, 13 de julho de 2008

Fumante passiva.

Quando acho que encontro luz nos olhos,
como busco nos meus,
sou tomada de salto
e desmaio,
sem fibrilações.

O meu lema,
e o do sol,
parecem se perder em meio a poluições,
cigarros de uma época,
de todas as épocas.

É tão complicado não fumar.