segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Epitélios Líquidos.

Gasto mil águas com meu prazer,

Enlaço meus lábios num cigarro sem você.


Mordo os dedos compiscuamente

E decaio em lágrimas intencionalmente.


Mesmo que não saiba o que isso quer dizer.


Acho mil motivos,

Redijo quilos de versos,

Mas não mostro,

Não mostro o calor que sinto.


Letras não refletem,

Nem a mim, nem a você.

A vazão de epitélios líquidos

E o evaporar-se deles.


Pois éramos pele e osso,

Agora somos músculo e cartilagem.


Contraindo-se.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Rascunho sincero e confuso.

Vou lhe dizer o que sinto aqui.
Quero expandir,
mas não encontro chão que me sustente.

Tenho medo do tamanho de mim,
E de tudo que voará
E que fugirá do meu controle.

Que sensação boa será me jogar
e esparramar.
Mas sou besta
E parece que ignorei o lindo livro que caiu em minhas mãos.
Exatamente no momento certo.

-

Mudei de idéia no meio das palavras.
Acho que vou morrer ainda tendo medo do efeito delas sobre mim.
Mas que seja só este meu medo
(incluindo montanha-russa, claro)
e mais nenhum outro.

Se prepara,
Vou me jogar.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Imagem Vermelha.

Quer saber o que fazer?

Faça elas queimarem feito fogo que são.
E depois escreva com suas cinzas em meu corpo.

Torna-se real e macabro,
deslumbante e surreal.

Escrito no escrito.