quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Ciclo?

Me sinto pura,
jogada,
largada.
Completamente esquecida
por mim mesma.
Quero viver e sentir tudo que eu sei que guardo.

Não são sete chaves.
Eu é que não quero abrir a tampa.

Recomeça o desespero de novo.
Quero te ver,
mas vejo o passado.

Ô besteira de viver a vida referencialmente.

Morra tudo.
Quero escorrer,
derreter,
Viver dentro de você.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Acordamos.

Descanso desacordada em braços feitos de sal.
E areia.
Percorro os quatro cantos,
as sete maravilhas,
e acabo num estilo Shah Jahan,
contemplando o Taj Mahal.

E te convido às Pirâmides de Gizé.

Tudo isso ainda planando minhas águas em seus braços e colo.

Vivamos o todo,
o só nosso,
o que quisermos.

E nademos a tudo.
Vamos afogar com nossa luz,
e gotas.

Deságuo na sua boca.
Quero vivê-la de um todo.

domingo, 20 de setembro de 2009

Estou no lugar certo.

É tempo de flores.
E há tanto espero por estes aromas!

Que eles sejam completos.
Já basta todo o mundo resguardando seus feitiços.

Receio cegar-me decerto,
mas sigo o exemplo da flor
que talvez seja eu mesma,
ou alguém de mim.

Estou no vale novamente,
aquele que há muito não via.

Que magia!
Ainda me deixa tonta com tanto verde!

Cambaleio e caio,
estou dormindo,
mas sinto tudo.

Sinto a grama, o vento, os cheiros...
Aí estão eles!
Os aromas.

Estou no lugar certo.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Era pele, agora flor.

E a mesma flor que agora está mais forte e macia,
se depara com um espelho que não é dela,
com uma casca que não lhe cabe.

Resolve soltar-se do que a protegia,
protegia,
mas não era ela,
não conseguia viver sem sentir a luz diretamente nas papilas.

Acaba se queimando.

Mas isso já aconteceu tantas vezes.
A cegueira momentânea não se compara à cor.
À vida.

Sorri,
e não quer pensar nos tempos de seca.