quinta-feira, 13 de maio de 2010

sem flor.

Cada passo que eu dou é um estrondo,
Pedaços aleatórios de asfalto ascendem ao meu redor,
É como uma câmera lenta assustadoramente mortífera.

Tudo apavora, mas não machuca,
Ao contrário,
Passa uma segurança aureola ao redor de mim.

O sol racha lá fora,
Mas seus raios não passam pelos meus fragmentos,
Que se tornam meus a partir do momento que me protegem,
Que fingem que me protegem.

E sem luz solar
A flor murcha,
O chão desaba,
O coração para,
E o passo acaba.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Not yet.

Eu não sei até que ponto você entende o que eu quero,
e sinceramente,
agora não estou preocupada com isso.

Ainda sigo meu instinto sincero
e por mais que os frutos dele
não sejam todos de uma ótima safra,
são, ao menos, honestos.

Ainda caminho,
ainda sinto que tudo não mudou,
o mundo continua cinza
e não sei mais se acredito em minhas predições.

Ainda busco tudo,
ainda acho assustador encontrar,
todas as tentativas foram falhas
e resido continuamente no não saber.



Quando acho que achei,
achei sempre errado.

domingo, 9 de maio de 2010

Só Vinícius.

E ela me olhou e disse tudo dela.
Tirou todas as cordas que a amarravam,
Largou-se no abismo.

E eu estava ali do lado,
Segurando sua mão,
Sentindo tudo que eu estava fazendo.

Porque, mesmo que não tivesse sido intencional,
Quando a primeira palavra saiu daquela menina,
Tudo mudou de cor.

E era um arco-íris totalmente novo.
Um brilho incrível que não se vê em qualquer um.

E não posso negar meu medo,
Nem minha excitação.