Cada passo que eu dou é um estrondo,
Pedaços aleatórios de asfalto ascendem ao meu redor,
É como uma câmera lenta assustadoramente mortífera.
Tudo apavora, mas não machuca,
Ao contrário,
Passa uma segurança aureola ao redor de mim.
O sol racha lá fora,
Mas seus raios não passam pelos meus fragmentos,
Que se tornam meus a partir do momento que me protegem,
Que fingem que me protegem.
E sem luz solar
A flor murcha,
O chão desaba,
O coração para,
E o passo acaba.
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