segunda-feira, 18 de julho de 2011

Liz - Cap. 5

Sacou todos aqueles gizes de cera que sempre carregava na bolsa sem nenhuma utilidade e sentiu que seria agora, que aquilo era uma brecha pra tudo que ela queria: Colorir seu próprio mundo.
Ficou pensando se tudo aquilo não tinha sido feito por sua imaginação, por um sonho maluco de noite chuvosa. Mas durava muito tempo e estava absurdamente incontrolável.
Liz acreditava que mesmo com o meio-fio tão perto, podia evitá-lo quando tomasse consciência. É, não podia ser um sonho. Já teria acordado, ou talvez já pudesse andar com as próprias pernas.
Afastou esses pensamentos e resolveu construir o tal mundo que estava em volta suplicando por cores.

E entendeu que aquilo ali, sempre foi ela mesma.

(27/04/11)

Isso é uma imagem

E nós que caímos tanto em cada vão de meio fio perdido,
Não podemos entender que cada sentir-se é eterno,
Preso em cada alma etérea
que de beber, não se vive.

E então,
Uma roda vai,
Mais tantas outras ficam,
Nem sempre com a mesma estabilidade.

Querer tudo do mundo, não é demais.
Vocês que se acostumaram com tão pouco,
Com pouco milho,
Com pouco ciscar.

Queria tanto que cada um simplesmente fosse.
Passeando por caminhos ilimitados,
Estradas proibidas,
Vidas já vividas.

E que se for pra bater o carro,

QUE BATA!

mesmo se for uma bicicleta.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Sally

A falta que eu sinto deve se perder no ar.
O ar que eu respiro agora pesa sem tamanho,
Sem um braço.

Abraçada só com o que restou desses olhares
Restinga de cachos,
de lados.

E as ladeira tão escadas,
Agora tão escorregadores
E que corram corredores!

Porque prioridades não existem mais.