quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Rebuliço


E os ventos não descansam em espalhar folhas secas no ar
Das quais não há precisão
nem se quer vontade.

Pintam o céu de marrom-avermelhado,
sangram leitos já trancados,
ou de procedência incerta.

Atravessam toda pureza do ar,
sufoca-nos.

E assim se espera acalmar-se,
a cada minuto,
a cada movimento.

Cansa fôlego,
futuro e 
o momento.

2 comentários:

Lau Milesi disse...

Com licença, Lúcia,cheguei aqui à deriva ou, quem sabe, pelo Rebuliço.Estou aguardando uma reunião, liguei meu tablet e fui clicando, clicando...e cheguei.
Impressionante como seu belo poema me tocou. "Rebuliço" é a palavra da vez. Verdade pura,"borram" nosso céu de marron, tentam atravessar nossas almas e, muitas vezes , não sabemos a procedência e nem o motivo... Lindíssimo, seu poema. Vivo um momento rebuliço, talvez por timidez, por covardia... Mas passará...espero...o momento.

Foi muito bom te ler. Obrigada.
Um abraço.

Fabrício de Queiroz disse...

olha só...

li alguns em sequência por aqui, dos "corredores que correm" ao biomas.

Seus temas são como suas expressões: vários. Mas parece que há uma distância entre tu e o texto, algo de quem 'cortou' partes... não sei, devaneios para a hora.

Bom encontrar esse canto