domingo, 4 de abril de 2010

Dîner en Ville

Eu sinto o sofejar de aromas no brilho dos seus olhos. Caminho até eles. Não estão ali pra mim, são seletivos, até torturantes. Aprisionado em cápsulas sépias que servem ao seu próprio propósito e se calam quanto ao lugar da chave. Às vezes sente-se um brisa de janelas abertas, acurtinadas. Criam pontes com postes iluminados atravessando o portal dourado, transcendendo o aqui e ali. Está na fluidez do cosmo. E assim, é praticamente impossível ver-te o tempo todo.

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