domingo, 14 de setembro de 2008

A tarde vai.

Com o tempo, o sol ia despedindo-se
E junto, os raios de luz.
Era mais fácil agora enchergar por dentro,
sentir as verdadeiras vibrações.

O medo foi tão forte
que sentia um arrepio de se olhar.
Segurava com tamanha força a carne que aproximava-se
com medo do evaporar, do tornar-se fluido.

E enfim, as palavras.
Aquelas que tanto tempo ficaram cortando sua garganta por dentro,
que engalfinhavam-se na tentativa da saída.
Elas. Elas mesmas.

O poder da pronúcia leva a uma destruição de defesas.
Mas não pense nelas.
Viver defendendo-se não te dá o direito de sentir.
E só o que precisa é sentir.

2 comentários:

angeloreale disse...

uma comunicação, um querer, um contato, muito além do explicável.

um desabafo cheio de sinceridade e receio.

Gabriel Carvalho disse...

não, não foi um desabafo
foi um sussurro em meu ouvido
dizendo viva...

(muito diferente dos ditames imbecis
que falam seja feliz)