segunda-feira, 21 de junho de 2010

15/06/10 - 00:03

Me seguro,
Desfarço,
Faço o que posso,
Mas é impossivel sobreviver a esse baú
Que me prende a sete chaves,
Cujos cadeados estão jogados fora.

Uma prisão tão fraca como uma poça de água na mão
E tão forte como uma camisa de força.

Num caçado abandonado pelos desgastes do tempo
Que não cria, destroe.
Empoeira tudo,
Deixa o tesouro acuado, sem brilho,
Talvez encrustado de corais
Depois de um mergulho longo por águas profundas e pertubadoras.

domingo, 20 de junho de 2010

Sabonete redondo.

Você não sabe quantas vezes quis voltar,
Quis me prender,
Te prender aquele velho hábito de deixar contas a pagar,
Mas agora eu sei as consequências disso tudo,
Sei o quanto dói,
Sei o quanto não é justo.

Sei o quanto nunca é justo.

O problema não são os outros,
É o quanto quero abraçar o mundo pra mim,
Tento tanto que talvez isso faça meus braços mais escorregadios pelo suor do esforço,
Nada fica,
Nada nunca vai ficar.

eu tenho que entender isso.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Baião de dois anos.

Eu não sei mais quem é você,
Já foi alecrim dourado
E agora se afasta do mundo assim
Que nem espaçonave que não quer voltar.

Me fala dos sorrisos,
Me prende nas nostalgias
E depois me larga no buraco negro.
Que nem estrela explodida.

Diz que vai pra bem longe
E não sabe se vai voltar.
E eu de brincar a ir junto
Te pego a rejeitar.

Você, que de tão antigo,
Sabe me prender a tudo,
E que de tão Direito,
Não consegue um só julgamento.


Anos não são nada quando já se passaram tantos segundos que não me olha

nos olhos.