quinta-feira, 29 de maio de 2008

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Liz cap.2

O barulho dos motores eram diversos.
Todos juntos formavam um único som incompreensível e pertubador. Era contrário ao universal, era mo, deformado e averso a cores.
Olhava em volta, via pombas, as pombas brancas, e desacreditou-se na esperança sendo ela tão farta e semelhante a um vírus.
Passarinhos amarelos chamavam sua atenção, mas até eles se foram depois dos zunidos motorizados. Foram e levaram as borboletas. Assim, suas asas modificaram todo o universo ao redor. Tudo estava mudado e ela não reconhecia mais a si própria, nem conseguia achar seu salto 15.
Desespero total, não tinha mais seu fingimento.


Segurem as borboletas.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Liz (parêntese)

Porque eu acredito que cada grão de asfalto é um pedacinho de alguém que já pisou esse caminho. Esse mau caminho. Todos unidos como nenhuma dessas pessoas nunca estiveram. Elas nunca se reconheceram como iguais em nenhum aspecto. Acham que são paralelas definidas por diferentes pontos e desconhecem pontos coincidentes.
Porque eu quero que todos olhem para baixo, para aonde estão pisando e reconheçam seus fragmentos espalhados no cinza multicolor e que não os reconheçam, a julgar pela mistura.
Porque eu espero que da rocha nasçam flores, iguais e diferentes. Eu espero gozar com os perfumes e com Piaf dissonante.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Liz cap.1

Ela nunca soube andar por linhas retas.
Nunca soube seguir os tracejados brancos.
Mas isso nunca foi uma vantagem, na verdade, colocava um salto 15 e fingia que era uma super modelo, um pouco tonta com a fama. Por um curto período de tempo, conquistava todos os faróis dos carros por onde andava.
Mas o meio-fio era atraente demais para o seu fingimento e, antes que pudesse remediar, estava ali de volta, sem nenhuma perspectiva central.
Com o tempo foi reparando que o desequilibrio provinha de aspiradores-por mais que pareça bizarro-aspiradores que sugavam tudo de majestoso que havia na beleza da sua naturalidade.

Como desligá-los?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

12 de maio de 2008.

Não adianta ensaiar todos os dias na frente do espelho,
minha vida é improviso
e chorar sempre foi inevitável.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Bela escuridão.

A Noite está cada vez mais atraente.
Os frutos dela, agora são ninfas
que passeiam por pensamentos tão disformes,
os quais instigam a sensação.

Explode em mim a vontade de jogar um Pomo,
sem nada escrito
e esperar o mundo acabar.

Porque, que aguenta o vazio?
Privilégio de poucos,
enlouquecedor de tantos.

Não quero que surja a Harmonia.
Eu sou uma Lâmpade,
habitante do escuro mundo inferior.
E que Nix me abençoe.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

HOJE.

Hoje não é o último dia da minha vida.
Virão outros sim, para os desacreditados.

Somos só continuidade
megulhada num oceano de águas escuras.

Não abra os olhos que pode arder.
Eu já abri,
e é assim que eu sei
que hoje não é o único,
nem o primeiro,
muito menos o último.

Se concentre em si
e não pense que vivo para te servir.
É só meu prazer.

E o mais importante:
Não siga meus conselhos,
nem eu os uso.

domingo, 4 de maio de 2008

EU TE AMO.

15 de janeiro.

Um dia ele me disse
que eu deveria sentir vontade de pular a janela
e buscar esperança.
Ontem eu vivi isso como um sonho lindo
e não pulei,
tive vontade,
mas não pulei.

04 de maio.

E é assim que eu tenho vivido
desde então.
Ganhando e perdendo a esperança
todos os dias.
Ainda resta?

quinta-feira, 1 de maio de 2008